Procurado há mais de 17 anos por homicídio e roubo, Cristiano Rodrigo da Silva, de 40 anos, foi aprovado em primeira fase no concurso para o cargo de investigador da Polícia Civil de São Paulo. O homem chegou até a fase de investigação social do certame, mas seus planos foram frustrados após uma denúncia anônima.
O crime aconteceu em 9 de novembro de 2006, quando o foragido e seu parceiro clonaram uma viatura da Polícia Civil e se aram por investigadores do 46º Distrito (Perus). Eles abordaram o comerciante José Roberto Nogueira Ferreira e roubaram seu veículo, um Fiat Fiorino.
Ferreira foi algemado, colocado no Gol clonado da Polícia Civil e levado para Mairiporã. Na estrada dos Moraes, o comerciante acabou assassinado com tiros na cabeça. O veículo dele foi queimado.
Na última segunda-feira, Cristiano foi até a Academia da Polícia Civil, no Butantã, em São Paulo, para realizar uma prova oral. No entanto, ele foi preso. Policiais Civis receberam informações de que ele estava foi foragido desde novembro de 2007, acusado de homicídio e roubo.
A Polícia Civil, por meio de nota, explicou que a orientação do Supremo Tribunal Federal, que determinou que a investigação social não pode desclassificar um candidato, a menos que haja uma sentença condenatória transitada em julgado, o que não era o caso de Cristiano. “Após ser identificado na análise social o mandado de prisão contra o candidato, ele foi preso e, consequentemente, desclassificado da seleção”.