No último sábado (3), uma operação policial no Rio de Janeiro impediu um possível atentado durante o show da cantora Lady Gaga, realizado na praia de Copacabana, que reuniu mais de 2,1 milhões de pessoas. A Polícia Civil, com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrou a “Operação Fake Monster”, que culminou na prisão de um homem e na apreensão de um adolescente ligados a um grupo extremista.
Segundo as investigações, os dois detidos faziam parte de uma organização criminosa que recrutava membros, muitos deles menores de idade, para realizar ataques violentos com explosivos e coquetéis molotov. O grupo visava notoriedade em plataformas digitais, disseminando crimes de ódio, automutilação, pedofilia e conteúdos violentos. A motivação para o ataque ao show de Lady Gaga estava relacionada ao ódio à comunidade LGBTQIAPN+.
Durante a operação, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em diversos estados, incluindo Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Entre os materiais apreendidos, estavam dispositivos eletrônicos que ajudarão a aprofundar as investigações.
Além disso, uma ameaça ainda mais grave foi descoberta em Macaé (RJ), onde um homem foi preso por planejar um ataque e por ameaçar matar uma criança ao vivo. O suspeito responderá por terrorismo e induzimento ao crime.
A investigação também revelou o envolvimento de outros indivíduos em diferentes estados. Em São Vicente (SP), um adolescente de 16 anos foi identificado como responsável por perfis que propagavam mensagens de ódio, mas negou envolvimento no atentado. Os materiais apreendidos em diversos locais continuam sendo analisados.
As investigações seguem em andamento, com o objetivo de identificar todos os envolvidos na organização criminosa e evitar novos atentados.