O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (2), que o país ará a cobrar 10% de todas as importações do Brasil, como parte do decreto que estabelece tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos EUA. A data foi nomeada pelo republicano como o “Dia de Libertação”.
Trump também detalhou as demais tarifas que serão cobradas dos países que taxam produtos norte-americanos. Segundo ele, as tarifas recíprocas serão ao menos metade da alíquota cobrada pelos outros países, sendo a taxa mínima de 10%.
As tarifas serão aplicadas a partir de 5 de abril. Já as tarifas recíprocas individualizadas, mais altas, serão impostas aos países com os maiores déficits comerciais com os EUA a partir do dia 9.
No Brasil, o Senado Federal aprovou, na véspera, em regime de urgência, um projeto que cria mecanismos e autoriza o governo a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros.
Reações dos mercados pelo mundo
O dólar opera em forte queda no Brasil e em outros países nesta quinta-feira (3), em reação ao tarifaço sobre as importações determinado pelo presidente Donald Trump.
O mercado estrangeiro recebeu o anúncio de forma negativa porque tarifas maiores sobre a grande maioria dos produtos que chegam aos EUA devem encarecer, além de produtos finais, uma série de insumos para a produção de bens e serviços no país.
Especialistas avaliam que esse encarecimento deve pressionar a inflação e diminuir o consumo, o que pode provocar uma desaceleração ou até recessão da atividade econômica da maior economia do mundo.