Foi condenado nesta segunda-feira, 12 de maio de 2025, o homem acusado de matar a adolescente Lara Maria de Oliveira Nascimento, de 12 anos, em março de 2022. Wellington Galindo de Queiroz, de 42 anos, recebeu a sentença de 19 anos, 9 meses e 18 dias de prisão em regime fechado após julgamento por júri popular no Fórum de Campo Limpo Paulista. O caso, que comoveu a população local e gerou forte mobilização regional, chegou ao fim após três anos de dor, investigações e protestos por justiça.
Lara desapareceu ao sair de casa para comprar um refrigerante em um comércio próximo. Três dias depois, seu corpo foi encontrado com sinais de violência em um terreno baldio em Francisco Morato. A investigação apontou Wellington como principal suspeito, mas a prisão só ocorreu dois anos depois, em março de 2024, quando ele foi localizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, próximo à fronteira com o Paraguai.
O júri popular foi composto por sete pessoas — cinco mulheres e dois homens —, entre elas professores e um assistente istrativo. O julgamento, acompanhado por dezenas de moradores, amigos e familiares, revelou detalhes impactantes do crime. O depoimento da mãe de Lara, emocionada, foi um dos momentos mais marcantes da sessão, arrancando lágrimas dos presentes.
O fórum esteve lotado ao longo do dia, com cartazes pedindo justiça e homenagens à adolescente. A presença de Carlos Alberto Sousa, pai de Vitória de Sousa — jovem assassinada em Cajamar no início deste ano —, reforçou a dor compartilhada por famílias que perderam seus filhos em crimes semelhantes.
As investigações, conduzidas pela Polícia Civil de São Paulo, foram intensas. Câmeras de segurança, depoimentos e, principalmente, perícias no carro de Wellington ajudaram a construir o inquérito. Após a fuga do acusado para o Paraná, sua prisão foi possível graças a uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Civil, que o encontrou próximo à Ponte da Amizade.
Desde o assassinato de Lara, moradores de Campo Limpo Paulista organizaram manifestações pacíficas pedindo justiça e mais segurança para crianças e adolescentes. A comoção se estendeu por toda a região.